Para
Benveniste (em “Problemas de Linguística Geral”) a subjetividade é “a
capacidade do lucutor para se propor como ‘sujeito’”, e é determinado pelo
status linguístico da “pessoa”. Para o autor, é necessário, para se ter
consciência de si mesmo, a percepção do “tu”, ou seja, para que um sujeito se
auto-denomine “eu” ele precisa estar contrastado a uma alocução (tu), formando
uma situação de interlocução (lembrando que “ele”, para Benveniste, é visto
como uma não-pessoa, por não fazer parte desta relação de interlocução). O “eu”
é o meio por qual o locutor irá se apresentar como sujeito. Esse pronome
pessoal utilizado, porém, não se refere a um indivíduo em particular, tampouco
a todos os indivíduos que o utilizam para se autodenominarem, sua função é se
referir “ao ato do discurso individual no qual é pronunciado, e lhe designa o
locutor”. Tendo o sujeito como uma referência, ao seu redor, há relações de
espaço e tempo, que são apontadas por dêiticos (aqui, agora, ontem, lá, então,
etc). Através de tais formas linguísticas (de pessoa, tempo e espaço) é
expressa a subjetividade.
Outra definição de subjetividade extraídado
dicionário online “Dicionário Informal”segue abaixo:
Subjetividade é o que se passa no
intimo do individuo. É como ele vê, sente, pensa à respeito sobre algo e que
não segue um padrão, pois sofre influências da cultura, educação, religião e
experiências adquiridas.
- Subjetividade é quando expressamos nosso ponto de vista pessoal, de acordo com as influências acima descritas
- Subjetividade é quando expressamos nosso ponto de vista pessoal, de acordo com as influências acima descritas
é por esta razão que dizemos que a
opinião de cada um é muito pessoal ou seja: subjetiva:
*Eu amo o Corinthians! Adoro jiló!
* Gosto é subjetivo.
* Opinião é subjetiva
* Sentimento é subjetivo
*Eu amo o Corinthians! Adoro jiló!
* Gosto é subjetivo.
* Opinião é subjetiva
* Sentimento é subjetivo
(http://www.dicionarioinformal.com.br/subjetividade/
- último acesso em 08/04/2013)
Da
definição acima poderia se considerar a subjetividade como um “reflexo” do
“ego”, ou seja, o que se sente por ser quem se é, o íntimo de si mesmo. De
acordo com o conceito de Émile Benveniste, a subjetividade ultrapassa
expreriências vividas e assegura a permanência da consciência. No que se refere
à função de expressar o ponto de vista (pessoal), ambas as definições entram em
acordo (cada uma à sua maneira). Por um lado, Benveniste exemplifica através de
certos verbos (usados em primeira pessoa) a indicação da subjetividade na
língua (por exemplo: “eu suponho que ele venha”, onde há a subjetividade no
verbo “supor”). O “Dicionário Informal”, sem se ater ao detalhe do uso do verbo
em primeira pessoa (que podería ser “achar”, “jurar”, “prometer”, entre outros)
indica a presença da subjetividade quando o sujeito expressa uma opinião
pessoal, quase como se fosse uma opinião ou ponto de vista intrínseco do
falante, independentemente de seu “papel” de pessoa no discurso.
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