domingo, 9 de novembro de 2014

Atividade de Transposição Textual




Quanto mais você come, com mais fome fica...
Comer muita gordura aumenta a fome





        Serádifícil conseguir matar a fome com um hambúrguer, acompanhado de batata frita e refrigerante, típica comida de fast-food. Isso acontece porque a gordura contida nesses alimentos tira a fome, por mais que eles sejam cheios de calorias.
        O bioquímico brasileiro Marcelo Dietrich, que trabalha na Universidade Yale, nos Estados Unidos, descobriu a partir de estudos sobre dois neurônios (células do cérebro), um que dá a sensação de fome e outro que dá a sensação de barriga cheia, que o consumo de muita gordura ativa os neurônios  que fazem a gente sentir fome. 
     Juntamente com o bioquímico Diogo Souza, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Marcelo estuda sobre os neurônios que provocam fome. “É um mecanismo essencial à vida”, diz ele. Segundo o bioquímico, mesmo durante o jejum, quando estamos com pouca energia, esses neurônios continuam funcionando para que nós possamos sentir fome e fornecer energia ao corpo. A experiência foi realizada em camundongos. Os bichinhos foram  divididos em dois grupos: um recebendo alimento rico em gordura e o outro, uma dieta normal. Para a surpresa dos pesquisadores, aqueles que receberam alimento mais gorduroso (e portanto mais calórico) tiveram uma quantidade maior de neurônios da fome ativados. Resultado: camundongos que comem mais gordura ficam bem mais gorduchos. Isso ocorre porque as mitocôndrias, que são as produtoras de energia dos neurônios, se fundem, ficam maiores e em menores quantidades, aumentando a atividade dos neurônios responsáveis pela sensação de fome. Em comparação, quando a gente está em jejum, as mitocôndrias se dividem, ficando menores e em maiores quantidades, diminuindo assim o efeito sobre o neurônio.
        Então da próxima vez que você estiver com aquela fome, lembre-se que aquele sanduíche de fast-food, por mais grandão que seja, só vai te dar mais fome!

Baseado no artigo “Quando comer aumenta a fome” (Maria Guimarães e Ricardo Zorzetto) – Revista Pesquisa Fapesp – Ed. 212 – Out/2013

Análise de Manual Didático



Livro selecionado: “Introdução à Semântica – brincando com a gramática” do Linguista Rodolfo Ilari

Caracterização geral da obra:

·         A leitura não precisa ser linear e contínua, pode-se começar a leitura a partir de qualquer um dos capítulos, já que não há dependência de conteúdo entre os capítulos
·         Trata-se de conteúdo geralmente não trabalhado em sala de aula durante o ensino da Língua Portuguesa (em especial na área da Semântica), destinando-se principalmente aos alunos de Letras e professores do Ensino Médio a fim de propor atividades para os alunos de Ensino Médio.
·         A linguagem, apesar de tratar de conteúdos bem elaborados de Semântica, como por exemplo atos de fala, dêixis, anáfora, implícitos, conta com uma linguagem simples e acessível para alunos de Ensino Médio.
·         O conteúdo trabalhado é ilustrado e apresentado por materiais de conteúdo linguístico encontráveis no cotidiano, tais como tirinhas, notícias de jornais, propagandas, coisas que se falam no dia a dia, trechos de dicionários, letras de músicas, etc.

            Lançando mão de um capítulo específico, como “Ambiguidades de segmentação” (capítulo primeiro), vemos que temos a seguinte estrutura:
- Objetivos: o que se pretente alcançar com o dado capítulo.
- Caracterização Geral: onde encontramos a apresentação do conteúdo, sem conteúdo teórico.
- Material Linguístico: tópico onde se fazem presentes os exemplos.
- Atividades: tópico apresentado em formato de ‘box’, com fonte diferenciada, dando destaque ao conteúdo. Tratam-se de atividades que podem ser realizadas em grupos, com a interação dos alunos.
- Exercícios: atividades escritas que colaboram para a compreensão, percepção, reflexão e fixação do conteúdo abordado no capítulo, ressaltando que há o uso de diferentes tipos de textos para tal finalidade.

            A presença de uma linguagem acessível a um vasto público, não apenas àqueles especialistas na área da Semântica, torna a obra de fácil consulta. Percebe-se, então, que não se trata se um livro que oferece teorias, tampouco um livro didático para ser trabalhado como base de uma disciplina lecionada aos alunos de Ensino Médio, mas sim um manual que orienta o professor de Lingua Portuguesa a passar conteúdos semânticos em suas aulas através das atividades e exercícios propostas.

RESENHA - Bem-vindo às quase clássicas de Laura Pausini



              A Itália é o berço de grandes nomes da música, embora nem todos são (re)conhecidos a nível mundial. Gianni Morandi, Luciano Pavarotti, Gianna Nannini, Mina, Ivano Fossati, Massimo Ranieri, mais recentemente, Tiziano Ferro, Laura Pausini, Eros Ramazotti, Andrea Bocelli estão entre os mais destacados. Poucos, porém ganharam fama fora da Itália. Nas duas últimas décadas, se destacaram por mérito Pausini, Pavarotti e Bocelli.
                Surgindo no cenário da música em 1993, quando ganhou a 43º edição do mais importante concurso musical da Europa, o Festival de Sanremo, Laura Pausini se tornou ícone da música italiana, sendo, nos países de línguas latinas (Brasil incluído), a maior representante da música de sua terra. Foi a primeira mulher italiana a ganhar um prêmio Grammy, bem como a primeira a cantar no Estádio San Siro (estádio de futebol  italiano que tem uma importância equivalente ao Macaranã para nós, brasileiros). Por tantas conquistas, é reverenciada por grandes nomes locais da música italiana.
                Seu décimo primeiro disco, chamado Inedito em sua versão italiana e Inédito em sua versão em língua espanhola, foi lançado no dia 11 de novembro de 2011. Tem tal nome devido, não às canções, que são, sim, inéditas, mas à maneira como foram escritas. Antes, acostumada a escrever canções em aviões, aeroportos e hotéis, por suas tantas apresentações pelo mundo e ainda sob pressão da gravadora devido ao prazo de entrega das músicas, Laura, em Inedito, compôs tranquilamente na privacidade da sua casa, aproveitando a pausa de dois anos que fez em sua carreira. Fazendo sucesso desde que tinha 18 anos, Pausini, no final de 2009, decidiu que queria conhecer "a vida normal", longe dos holofotes e dos microfones: "Muitas mulheres sabem cozinhar, passar roupa, costurar... Isso tudo eu aprendi. Fiz compras no supermercado, descobri quanto custa um litro de leite e verduras. E também fui ao banco pagar impostos. Eu fiquei muito feliz de fazer dois anos de pausa, mas não gosto da vida normal. Prefiro uma vida mais frenética, de cantora mesmo".
                As músicas melancólicas estão diretamente relacionadas ao nome Laura Pausini. Em inédito, porém, Laura esqueceu de vez Marco e deixou seus amores estranhos de lado para falar de otimismo, esperança, alegria e força.
                O primeiro single do álbum já nos dá as boas vindas: Benvenuto. Segundo a cantora, devem-se dar as boas vindas às pessoas verdadeiras que existem. E essa canção também nos atrai para o novo álbum. É a mais empolgante e animada. Já a música que dá título ao CD, Inedito, é a que mais se aproxima da batida rock, e conta com a participação da grande rockeira italiana Gianna Nannini. Troppo Tempo leva para frente quem espera há muito por um amor que não voltou mais, sem deixar de lado a esperança e o desejo, participa Ivano Fossati. Para cantar com Laura sobre a confiança que depositamos nas pessoas, ninguém mais adequado do que a pessoa em quem Pausini mais confia: sua irmã, Silvia, que demonstrou ter um tom de voz extremamente parecido com o da irmã famosa, quase nos confundindo, já que sem atenção não é possível perceber que parte da canção Nel primo sguardo cada uma canta. A última canção do disco, a de número catorze,confirma a posição: Ti dico ciao, uma homenagem a um amigo falecido da cantora.
                Laura Pausini anunciava este CD, antes de seu lançamento, como algo verdadeiramente inédito, como algo jamais visto antes em sua carreira. Acredito que houve um excesso de propaganda de sua parte. Após o lançamento, foi confirmado que, apesar de fugir da melancolia e da homenagem aos cantores/compositores italianos (como o fez em seu álbum Io Canto), seu estilo não variou tanto quanto era esperado. Trata-se de um disco a mais em sua carreira, que dá continuação a sua música de qualidade que ajuda a levar a Italia às outras terras.

Quando a "Produção de Texto" já não é mais chata.



           A prática da leitura e da escrita é extremamente desagradável ao aluno em ambiente escolar/acadêmico. Qual é a graça e a motivação que há em ler ou escrever algo que vem da vontade do professor/do sistema de ensino e não da minha?
            Nos primeiros anos Ensino Fundamental é lugar comum a tarefa de produzir textos sobre como foram nossas férias, sobre nossa família, historinhas inventadas. Lá no último ou nos dois últimos anos do Ensino Fundamental e no Ensino Médio, só há treinamento e preparação para o vestibular: como dissertações, narrativas, resumos e conclusões de obras clássicas da literatura (que para uma grande parcela dos estudantes é mais cômodo copiar da internet e obter uma nota 10. Afinal, para muitos alunos, tais leituras e produções são desagradáveis e para muitos professores o processo de correção - ler, avaliar e comentar - o trabalho de 15, 30 ou 100 alunos também deve ser desagradável e cansativo).
            Quando se chega ao nível superior, o aluno se depara com gêneros textuais nunca vistos antes. Fichamentos, artigos, monografias, TCC, resenhas, teses.  Como produzir textos desses gêneros? No desespero, o aluno sempre dá um jeito.
            Quando se está na faculdade, o processo de produção de textos funciona assim: o professor pede algum tipo de texto (seja uma monografia, um fichamento, um artigo...) -> você faz -> recebe uma nota -> põe o texto avaliado numa pasta e esquece/ joga a folha fora.
            Isso não é muito diferente do Ensino Médio. Para maioria, os textos nada acrescentam. A escrita é limitada, não sai para fora do papel, ou seja, acaba por não oferecer nada a mais. Não há como haver motivação de escrita para um processo de produção de texto assim. Ora, se um texto é escrito, ele deve ser lido e apreciado. Ter um visto ou um rabisco do professor porque há uma palavra mal escrita, uma vírgula a mais ou um hífen numa palavra que hoje se escreve junta não motiva ninguém a escrever. Isso pode até dar uma ilusão ao aluno: já que o professor não "interage" com seu texto, cria-se uma impressão que produzir um texto é algo simples. Não vai ao conhecimento do aluno a impressão que a leitura do texto que produziu pode causar, afinal ninguém leu aquele texto.
            Ao começar a escrever um texto, não temos em mente o texto todo, não dá para saber palavra por palavra que iremos utilizar. A escrita molda as ideias que temos em mente, e as ideias que temos em mente surgem e se modificam no decorrer da escrita. Logo, a escrita faz surgir o novo e nos (re)organiza o pensamento.
            O primeiro leitor de um texto deve ser o próprio autor. E, obviamente, o texto não precisa chegar em seu último ponto final para ser lido, pois, seu processo de produção exige formulações, leituras, reformulações e releituras.
            O que fazer para que o processo da escrita não seja tão desagradável aos alunos? É preciso haver um desejo para se escrever. O agradável é escrever sobre o que nos faz sentido, o que nos acontece, o que tem relação com a nossa vida, o que nós já pensamos, propomos e refletimos em algum momento da vida. É preciso que haja um fio nos ligando à produção do texto: uma relação entre você e o texto.
            Ler e reler o texto escrito é fundamental se feito de uma maneira crítica: melhorar o que se pode melhorar, reformular o que se deve reformular e sentir-nos orgulhosos daquilo que nos faz pensar: "Poxa, eu fui capaz de escrever isso!".

Exposição: Suporte ou Gênero?



Este ensaio pretende ser uma pequena reflexão sobre o tratamento que se pode dar à exposição. A questão principal aqui é a classificação da exposição como um gênero ou como um suporte, questão esta que não tem uma resposta imediata e exige certas reflexões e observações Trata-se apenas de algumas reflexões, sem uma resposta definitiva, o que pode dar abertura para futuras pesquisas, pensamentos e reflexões sobre o assunto.
            Antes de começar a refletir sobre nosso tema central, gostaria de apresentar breves explicações sobre alguns termos que serão de extrema importância ao longo deste ensaio:
           
Gêneros e suportes
           
            Todo gênero textual tem um suporte, uma vez que eles precisam se materializar em linguagem para ocorrerem, e são justamente nos suportes que eles se ancoram, se fixam, se baseiam, se transportam, se mostram. Há uma estreita relação entre o gênero e o suporte, um não pode ser indiferente ao outro.
            Uma característica fundamental dos gêneros é sua capacidade de se ancorarem em diversos suportes, por exemplo uma carta pessoal pode se encontrar em uma folha de papel com função exata de carta pessoal, mas também em um livro didático, em um documento de um processo jurídico, em uma biografia, etc.

Texto
           
            Considero que a classificação de um texto como verbal ou não-verbal seja algo decisivo para nossa reflexão central. Enquanto o primeiro necessita de linguagem verbal para ocorrer, utilizando-se de aspectos da sintaxe e do léxico (em seus sentidos gramaticais) e tendo um produtor, um receptor e suas condições de produção, recepção e circulação, o segundo eu considero que deve ser entendido em um modo extremamente amplo, que abranja tudo aquilo que transmite e transporta algum sentido e/ou uma ideologia para seu receptor, tendo ou não um produtor. Mescla-se aí, então, vestígios da ideia de signo, sendo, em certa medida, alguma coisa que existe para representar outra coisa. Nessa noção, então, entrariam desde pinturas, fotografias, esculturas, filmes, cores, tipos e estilos de peças de roupas, cortes de cabelo, músicas, sons,gestos, olhares,até objetos e seres diversos, desde que no contexto em que se encontrem transmitam algum sentido e/ou ideologia, por exemplo um vaso de flores sobre um túmulo não pode ser apenas considerado e recebido como “um vaso de flores sobre um túmulo”, uma vez que é um objeto que transporta uma série de significados, sentidos e ideologias, ou um leão que escapou do zoológico e está dentro de uma escola, não será apenas “um leão que escapou do zoológico e está dentro de uma escola”, já que moverá vários sentidos para os “receptores”(pessoas que verem, souberem da existência, etc) deste ser vivo. Logo, considero aqui o texto com uma abrangência daquilo que dá e faz sentido para quem o recebe, logo texto é qualquer material semiótico.
Exposição
            Precisei adotar a definição de texto apresentada acima, justamente porque uma exposição não se limita a expor gêneros textuais (sejam escritos ou orais). Não podemos de forma alguma dizer que, por padrão, a exposição contém cartas pessoais, reportagens, fábulas, biografias, receitas, entrevistas, entre outros gêneros textuais. Uma exposição pode ir, e geralmente vai, muito além disso, não se limitando também a textos imagéticos por exemplo. Logo, além de exposição de gêneros textuais, digamos, clássicos (escritos e orais, e também já encaixo aqui os imagéticos como pinturas, fotografias, etc), uma exposição pode conter objetos e seres vivos ou não. Podemos ter então uma exposição de instrumentos musicais, de objetos de alguma personalidade, de cães, de cavalos, de cartas, de flores, do corpo de alguma personalidade (de um papa, de um presidente, sendo uma exposição não temporária), de móveis antigos, de filmes, de discos, de tudo um pouco e a lista é grande.
            Darei classificações para a exposição, neste ensaio, afim de ficarem mais claras as reflexões dadas mais adiante. Classificarei, então, aqui a exposição em três tipos: temporária, fixa em lugar exclusivo e fixa em lugar não exclusivo. Focarei aqui a reflexão sobre o primeiro e o terceiro tipos, sem contudo deixar o segundo tipo completamente de lado, o motivo disso será tratado mais adiante. Antes, porém, explico o que considero cada uma delas. A exposição temporária, não se fixa em um local e trata-se de uma exposição que terá uma duração finita, como uma exposição de trabalhos de alunos no pátio ou em um mural de um colégio, uma exposição temporária de obras de Tasila do Amaral em algum museu, etc.O terceiro tipo, a exposição fixa em lugar não exclusivo, trata-se como o próprio nome diz de uma exposição que não é temporária, porém não possui um local (um prédio ou uma construção dedicada exclusivamente a ela) próprio para ocorrer, como por exemplos os quadros com as imagens dos governadores de São Paulo em uma das escadarias do Palácio dos Bandeirantes, fotos do professores expostas no hall de um departamento de uma universidade, etc. Nesses exemplos, nem o prédio sede do governo de São Paulo, nem o departamento da universidade foram construídos única e exlusivamente para tais exposições citadas. O segundo tipo, o menos produtivo para este ensaio sobre exposições, a exposição fixa em lugar exclusivo é, ao contrário do terceiro tipo, uma exposição fixa que possui um lugar (prédio ou alguma instalação arquitetônica) próprio para sua existência. O motivo de este  tipo não ser o meu foco para a reflexão principal (se exposição é gênero ou suporte) é tão somente que este tipo de exposição não pode ser considerado nem gênero e nem suporte, uma vez que já afirmo aqui, sem muita demora, que se trata de umainstituição, esta por sua vez classificada como museu, bem como Marcuschi o diz em seu ensaio “A Questão do Suporte dos Gêneros Textuais”: “[...] o museu não é um suporte, mas uma instituição, assim como uma igreja, um quartel ou uma universidade [...]”. Para essa classificação como uma instituição, considero a exposição fixa em lugar exclusivo como algo que precisa existir obrigatoriamente para que exista a instituição ‘museu’. Logo, não vejo esse tipo de exposição como algo único e independente.

Afinal, exposição: gênero ou suporte? – conclusões

            Para explicar as diversas funções que um gênero pode admitir de acordo com o suporte em que ele ocorre, Marcuschi fala em “reversibilidade de funções”, exemplificando: uma carta pessoal enquanto suportada em uma folha de papel, sendo uma carta pessoal propriamente dita e uma carta pessoal suportada em um livro didático, ambas são do gênero carta pessoal, contudo possuem funções diferentes, a primeira tem função de carta, mas a segunda tem uma função que pode ser didática, pedagógica.
            A exposição (a temporária e a fixa em lugar não exclusivo, como explicadas acima) traz vários gêneros de textos (textos com a noção adotada acima), mas pode trazer também vários suportes de textos, como livros, revistas, jornais, etc, pode trazer ainda locais de armazenamento, como CD’s, discos, fitas, dentre outros. Considero que tudo que seja possível de estar presente em uma exposição passa por um processo, em certa medida, similar ao processo que apresenta Marcuschi, que chamarei aqui de transfomação em gênero, que vai tranformar tudo que está exposto, seja um gênero textual (escrito ou oral), seja um gênero textual(com a definição de texto apresentada neste ensaio), seja um local de armazenamento (CD’s, fitas, discos, etc) em gênero, de modo específico no gênero peça de exposição. Logo a exposição é um grande suporte que abarca o gênero peça de exposição, seja ela um livro, um cão, um cavalo, uma máquina agrícola, um painel, etc. O indivíduo que será parte do público desta exposição, ou seja, o receptor, terá, então, uma relação diferente com a peça de exposição enquanto um gênero pertencente ao suporte exposição, ou seja, em uma exposição de cães ou de livros por exemplo, a relação do receptor com os cães e livros enquanto peças de exposição será, naturalmente, diferente da relação com um cão ou livro presentes em sua casa, na rua, na sua escola, ou qualquer outro lugar onde possa encontrá-los. É esse traço em comum da relação com o receptor que fará com que exista esse gênero peça de exposição, que para se mostrar e se portar depende do suporte exposição.